VITÓRIA PARA BOB BOY

Numa vitória de sorte sobre o São Paulo, selada aos 88 minutos por mais um gol salvador de Batata, o Posto 6 FC se mantém na ponta do campeonato pelo critério de gols marcados, já que o Sport Recife igualou o saldo de gols ao sobrepujar o São Braz  em plena Colina Histórica por 0x2.


O Posto 6 começou o jogo bem postado e procurando o gol sem cessar. Porém, aos 21 minutos, "Maik deu um leve toque em Zé Carlos , que voou no chão... O juiz estava mal posicionado e deu um amarelo para Maik , que acabou expulso". O lateral, que tomara o primeiro cartão por reclamação, saiu debaixo de ensurdecedoras vaias por parte da torcida praiana: foi colocado para fora do jogo sem ter dado uma única porrada no adversário - totalmente imprestável.

Mas nem mesmo com dez em campo o Tricolor Praiano diminuiu o volume de jogo. Continuou pressionando e foi premiado em mais uma cobrança de falta de R. Kahraman que achou a cabeça Renan. Eram 44 minutos e logo em seguida o Indelével Tricolor foi para o vestiário em vantagem no marcador. Os poucos mauriçolas que foram ao Forte passaram o primeiro tempo inteirinho calados.

No segundo tempo, porém, o time comandado pelo técnico Bambiel tomou a iniciativa fazendo valer o jogador a mais que tinha em campo. E foi também numa cobrança de falta que Claudionor, aos 80 minutos, serviu  Alex - que testou para empatar.

Nesse momento apareceu no Mega-Telão a confirmação da contratação de Roberto Filho - atacante que há muito se queria ver no Forte - provando que aqui, no lado mais ao sul de Copacabana, a homofobia não se cria. Em pouco tempo um coro tomou conta da torcida:
"Bob Boy, Bob Boy, Bob Boy vem ver o que é raça!
Bob Boy, Bob Boy, Bob Boy vem ver o que é raça!"

O canto serviu tanto como boas vindas e cartão de visitas dos praianos ao recém-chegado quanto serviu para acordar o time. Aos 88, Batata - cada vez mais sólido em momentos decisivos - aproveitou belo cruzamento de Adélio - que fizera Vander parecer um idiota quando o driblou e pôs a bola na área depois de uma sequência de passes curtos do Tricolor Praiano. Não havia mais tempo para reagir e o placar final foi um indescutível 2x1 para o time da casa.

BOB BOY: VIM PARA DAR TUDO

Mais uma opção para o ataque tricolor, Bob Boy chegou ao Forte de Copacabana prometendo comer a bola e meter o pau. Comprado por 460 milhões, garantiu: "vou dar tudo e mais um pouco".

O torcedor praiano não tem o menor interesse na vida dos jogadores fora de campo. Por isso ninguém achou nada demais quando Bob Boy foi ao vestiário do São Paulo fazendo questão de dar beijinhos em um-a-um dos jogadores adversários. "Trocamos cores de esmalte e eu indiquei um anti-rugas novo. Esses meninos são tudo de bom e eu adoro eles", afirmou o novo ídolo praiano, mestre na política da boa vizinhança e do dar para receber.

Ao ser perguntado sobre o que representava sair do armário num mundo tão machista quanto o do futebol, Bob Boy afirmou: "eu sou uma bichinha super na minha - discreta mesmo. Se você quer mesmo saber, acho que o pessoal nem liga e até gostam de mim de um jeito especial. Quer dizer, não só os do São Paulo, mas todo mundo. Pena que tem medo de admitir".

É, pode ser...


                 Flagrante de Bob Boy no momento em que soube do fechamento do negócio

                 Bob Boy já com a camisa 18 do Indelével Tricolor Praiano

                   Dados do jogo: